Iniciada no Candomblé em 17 de abril de 2010, Mãe Flávia deu sua obrigação de 7 anos no último dia 29 de julho de 2017, tornando-se assim, além de Sacerdotisa de Umbanda, religião que segue desde os seus 20 anos de idade, Mameto de Nkisi (Mãe de Santo) de Nação Angola, recebendo a digina de “MAMETO MONA KINVULA” e todos os direitos para o exercício das funções religiosas no culto do Candomblé.

A Obrigação de 7 anos da Mãe Flávia foi realizada pela “Mameto Nengua Matamboagi” – “Mona Vula Mazi”, nossa Mãe Fátima, que acolheu a “Casa da Vovó Joaquina” como fruto da sua raiz Ndembuanzambi, Nação Angola Muxicongo/Tumba Jussara.

Hasteada a bandeira de Kitembo e realizada a obrigação, este Centro também passou a se chamar “Nzo Kimaza Nzambi” - Casa das Águas Sagradas de Deus”.

Além da obrigação da Mãe Flávia, também ocorreu a obrigação da sua filha Luiza Fernandes Moreira Montenegro, escolhida por Nkisi Kaiala (Iemanjá) para ser a sua Dikota. Luiza recebeu a digina “Dikota Ndanda Kewalunda”, sendo o primeiro cargo da Casa feito no candomblé. A Dikota, embora seja filha de santo verdadeiramente da Mãe Fátima, que deu a sua obrigação, recebeu a missão de auxiliar a sua mãe carnal na condução dos trabalhos religiosos da “Casa da Vovó Joaquina”.

A obrigação foi celebrada com o tradicional “jamberesu” de Angola, onde a Casa, que cultua precipuamente a Umbanda, pode sentir a vibração das energias dos Nkisis na toada dos consagrados Ngomas (atabaques). Ao final, além dos agradecimentos aos convidados presentes, a Mameto Flávia externou sua gratidão a Mãe Fátima, a Makota Ana Paula, ao Tata Luciano, a Mãe Kaiti, aos Tatas Marcos e André, a Dikota Luiza e a todos os filhos da Casa da Vovó Joaquina, que diuturnamente se revezaram no apoio aos trabalhos da obrigação e com sacrifícios pessoais permitiram a realização de uma bonita “Kizomba”. 

Que NZambi, na força de Kaiala, Matamba e Nkosi, Nkisis da Casa, abençoe o nosso Abassa.